sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

NECESSÁRIO, SÓMENTE O NECESSÁRIO

Se de repente lhe dissessem que terá doravante de abandonar todos os seus pertences, o seu habitat e que para sobreviver terá de levar consigo apenas o necessário, sómente o necessário que levará consigo? Arrumando/organizando tralha e mais tralha, ocorrem-me cenários imaginários desta índole. São cenários possíveis (assistimos todos os dias a dramas provocados por incêndios, tsunamis, guerras...). Para quê acumular tantas coisas inúteis? Na medida em que permanecem não utilizadas anos e anos são(nos) obviamente inúteis. Além do mais pesam porque dão trabalho a limpar, conservar, arrumar. Talvez por isso o sentimento de libertação que se experimenta ao dar-lhes destino "mais promissor", isto é, ao ver-mo-nos livres delas, possa ser algo estranhamente delicioso. Afinal não estimavamos assim tanto aquelas preciosidades, tesourinhos empata-vida! Suportavamo-los! Afinal vivemos muito bem sem eles. Sem ser necessário levar o pensamento ao nível da catástrofe, podemos reflectir de forma a tornar a vida mais simples, mais fácil nas suas várias dimensões. Se é fã da ideia vá cantarolando a cantiguinha do "Livro da Selva" :
"...necessário, somente o necessário...
o extraordinário é demais..."

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